segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Extinguir-se

Pedi que fosse liberto,
como as  danças mais ousadas
mas em mim nasceu pequeno,
como pessoas emparedadas.

O rosto possui desejos,
a unha já mutilada
arranca do bojo, o plástico,
firula !
Desta face enfaixada

E vem o verniz, que em tudo brilha
mas que na alma amarra.

Coberto, mais uma vez estou
do que precisa ser retirado
Sou moldura sem pássaro.

O Terror de sempre ser assim me diminui ainda mais
O que sobrará? irmãos ao redor são os mesmos
só, preso, pequeno e vazio, é o destino dos ocupados.
É a embalagem dos escondidos.

Ave que perdeu a vontade de voar.

- Apolo Júnior


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