terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

[Ainda não há nome, Clarice]


O que procuro é distante e quase insaciável
andarilho, errante, nômade, erradio.. 
in-can-sá-vel. 
E Saindo das profundas tocas
sem conforto, descobertos
no clamor das almas retas
invocamos o mistério

(Apolo Júnior)

domingo, 14 de fevereiro de 2016

[Felicidade]

Na lisa pista do agora
Redor vibrante comemora
Minha ida, meu embora 
Aqui há, e aqui fora
É olhar
É aurora
Nesta Ocasião
nao tem hora
Diante é
Diante você
Vivo
Nu
Agora

(Apolo Júnior)




Contigo estou Prestes

Contigo estou prestes
Visto, sinto, toco...
Te eleva
Sussurrante voz 

Meu bem
Tuas veias conversam com as minhas

Nas vias,
nos caminhos
Encruzilhadas
Todos os sentidos

Selvagem
Entregues
Molhados
Quentes.

Subimos nossos ardentes nervos.

(Apolo Júnior)




segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Evocando o avesso
As cinzas lavam o corpo
Maldito, sem consolo...

Facadas da mera verdade...
Envenenam o coração
Fantasmas e passados
Caçador d'uma comunhão
Dos insolúveis, sem mão
Religião

Fogueiras marcadas
As Bruxas, remorso cinza
Fervor na coisa divina
Cria Humana torna viva
Toma dor
O injusto afina
Os olhos em correntes buscas
Emparedadas, 
sem ida

(Apolo Júnior)

Cabalístico:

Sete demônios para cada estilhaço
Existência possui um duplo
Obscurecido pelo chamado vilanesco...
Entendo o vulto.

Cisne negro, metade
Na sombra da Lua
Pelas idades crava
Envenena a maçã
Rói o caule
Com toda brabeza para a raiz.

Todos movimentos evocam
Aqueles olhos Afiados
E o coral de espíritos urra
Na sonolenta entrega
Para uma Voz rouca no coração.

Sete demônios na minha casa
Os Ancestrais inquietos riem
Mistura do meu sangue
Espirrado e voluntário...

Sete demônios ao redor
O Avesso é pesado
A carne cansa nesta escura vibração
Pois amanha estarei morto
Dançando
Besta Louca
Escorpião

(Apolo Júnior)
 
 

Labirinto:

Apolo, que mundo pequeno o seu.
Aqui fora o vento evapora
Tranquilamente em guerra...

Apolo, que mundo pequeno o seu.
Sua sede é medida
Pelos maiores libertos
No Grau de Labuta pra bater ponto

Apolo, que mundo pequeno o seu
Está encurralado
Perto das traças
Na podridão do existir

Apolo, que mundo pequeno o seu
Estes quartos de cabelos arrancados, seu suor péssego
Seu passado reprimido

Apolo, que mundo pequeno o seu
Jaula fundida na escama de seu corpo
Mentalmente perfurado por trancas

Apolo, que mundo pequeno o seu
Sem saída
Será que o compartimento do seu corpo encontrará a fluidez do sangue?

Apolo, o cheiro da soltura só alivia incomodados
 
(Apolo Júnior)
 
 

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Érre


Nos contornos
Um milhão de ideias
Em todas elas: ...

Refazer
Refazer
Refazer...
Refazendo
Refazer-se
Refazendo-se.
Remando
Revivo
Refeito
Fazendo de Ré
Ré fazendo

(Apolo Júnior)