cura
loucura
procura
altura
Tateando a face
com dedos nas sombras
pertenço ao embate
no turvo as soltas
e no turvo
procuro
o ESCURO
rouco
impuro
A luz prata,
entre encruzilhadas
de quem sou, de quem fui...
tudo graças
a redonda Dama de prata.
nos fios o imundo
para o mundo girar
onde eu possa andar
invertido, impuro
metamorfose ao luar
afiado
não mais pelado
animal torturado
pelo tormento que cruza
nesta procura:
procuro sangue
minha agonia segue
o outro sangue.
Sou animal e humano
para linguagem rimar.
sou monstro , insano
mordido ao amar
o inumano.
aqui Sindarta.
morro na prata.
o coração não aparta
meu mostro;
palavra
mim'alma
sensação literária.
e esta é
A bala que me mata.
(Apolo Júnior)
Apolo, de fato este seu poema é o melhor dos seus escritos. Adoro essa dinâmica entre o homem e o seu interior, entre a sacralidade e a perversidade que permeia a alma humana...
ResponderExcluirObrigado pelo comentário, era exatamente este conflito que eu queria mostrar... Um grande abraço Amigo ;)
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